Resenha: Jungle em São Paulo (13/05/15)

Texto: William Galvão / Fotos: Marcos Bacon

O duo britânico Jungle – que também pode ser entendido como um coletivo de músicos, já que, apesar de focar na dupla Tom McFarland e Josh Lloyd-Watson inclui mais cinco integrantes – se apresentou na noite da última quarta-feira, 13, na Audio Club em São Paulo. O grupo mostrou suas canções do homônimo disco de estreia, que tem angariado milhões de fãs ao redor do mundo pelo seu “soul-moderno”, como tem sido classificado.

Resenha: Jungle em São Paulo (13/05/15)

A festa contou ainda com apresentação de abertura de Serge Erege, um dj-cantor, que apresentou sua discotecagem dançante cheia de referências post punk e disco, além de músicas próprias. A casa, prevista para abrir às 21h, só começou a colocar o público para dentro uma hora depois. A programação toda acabou prejudicada, pois o show do Jungle que deveria começar às 23h15, só teve início quase meia noite. Ponto negativo para a organização do evento: show no meio da semana, fora do horário do transporte coletivo, com atraso.

Além de Josh e Tom, o Jungle é formado por Fraser MacColl, George Day, Dominic Whalley, Andro Cowperthwaite e Rudi Salmon. O sexteto subiu no palco cheio de energia e foi capaz de encher a Audio, mesmo ainda sem tanta popularidade no Brasil. As 12 faixas de Jungle, o disco, foram tocadas em uma ordem diferente daquela que estamos acostumados a escutar no álbum.

Eles abriram o show com “Platoon”, um dos hits mais adorados pelo público. A música aqueceu os ânimos da plateia com aquele clima envolvente da música, o que deixou o público querendo ainda mais. O set seguiu com “Julia” e “Crumbler” para descambar em outro single: “The Heat”, uma das mais atmosféricas.

Resenha: Jungle em São Paulo (13/05/15)

Mostrando toda sua habilidade de criar paisagens sonoras, com recursos que vão de sintetizadores à unção das vozes da dupla e dos dois ótimos backing vocals, até instrumentos mais orgânicos como percussão, bateria e baixo, a banda conquistou com seu som ao vivo. A grande chance do grupo é que, apesar de termos grandes nomes na cena indie que trabalham mais ou menos com esse formato, como o próprio MGMT, a sonoridade do Jungle se diferencia por explorar suas raízes da soul music.

“Smoking Pixels”, “Lemonade Lake” e “Son Of A Gun” foram bons momentos, com uma parte mais sombria, assovios, estalos de dedo, instrumentos de mão como chocalhos, tudo contornando ainda mais o som, dando um toque especial na viagem quase espacial em que a plateia estava. Para o final, eles deixaram “Busy Earnin´”, com coreografia ensaiada e tudo; e “Time”, que veio no bis.

Veja abaixo alguns cliques da noite.

Setlist

  1. Platoon
  2. Julia
  3. Crumbler
  4. The Heat
  5. Smoking Pixels
  6. Accelerate
  7. Lemonade Lake
  8. Son Of A Gun
  9. Lucky I Got What I Want
  10. Drops
  11. Busy Earnin’
    Bis:
  12. Time

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