Circus Boy lança EP

A banda paulista Circus Boy lançou seu novo EP nesta terça-feira (5). O trabalho, intitulado Anubis Mt’ey, é o terceiro do grupo e conta com quatro faixas inéditas.

Formado por Pedro Lopes (guitarra/vocal), Paulo Button (baixo) e Alexandre Cruz (bateria/vocal),o grupo da cidade de Campinas explora em suas músicas elementos do rock, blues, hard rock e heavy metal aliados a letras que fazem críticas e reflexões à sociedade.

TMDQA! conversou com os integrantes da Circus Boy para saber um pouco mais sobre o novo registro e a fase atual do trio de stoner rock.

TMDQA!: Qual é a principal diferença do EP Anubis Mt’ey para os dois primeiros registros da banda?

Paulo Button: Acredito que após a composição/gravação dos EPs anteriores e de dois anos tocando juntos em muitos shows e festivais, estamos conseguindo chegar cada vez mais perto de uma identidade musical para a banda, tanto em termos de influências e sonoridade, como também no processo de criação e composição das músicas. Isto tudo já pode ser percebido no Anubis Mt’ey.

TMDQA!: Tanto o nome do disco quanto a capa são bem peculiares e fazem referência à mitologia egípcia. Qual é a ideia por trás disso?

Alexandre Cruz: Esse é o segundo EP do Circus Boy que apresenta uma temática baseada no mito e na filosofia. Também é o segundo de uma trilogia que será completada em breve, todos com esse mesmo conceito. O EP antecessor,  MetaChimera (2013), remete ao panteão grego, enquanto o Anubis Mt’ey representa o panteão egípcio, e ambos contém palavras com raiz no país de origem de cada mito: Mt’ey, por exemplo,  é uma das possíveis romanizações de uma palavra do alfabeto árabe. Essas alegorias fazem parte de uma única e complexa estória sobre o cosmos, futuro, idolatria, dúvidas existenciais, física quântica e moral. Cada EP da trilogia terá uma divindade futurística e tenta representar toda a carga antropológica e social que os símbolos causam no cerne humano.

Existe uma relação entre as letras e o conceito do álbum?

Alexandre Cruz: Apesar das letras não terem relação direta com este conceito, elas permeiam todas as questões levantadas e tentam criar um diálogo entre as ideias vigentes do nosso tempo-espaço com as supostas ideias que uma população “mais avançada” pode vir a ter. Mais do que uma ficção científica, a ideia principal é tentar usar o pano de fundo futurista para discutir e debater as ações e mazelas que assombram a humanidade desde sempre.

A Circus Boy surgiu em 2008 como um projeto de covers e depois se expandiu para o som autoral. Como se deu essa transição e qual a principal diferença entre essas duas fases?

Paulo Button: Desde 2008 a banda mudou de formação diversas vezes, até que ao chegar na atual; decidimos quase que do nada escrever e gravar nossas próprias músicas. Isso se deu por muitos fatores, mas principalmente ao fato de sermos muito amigos e termos influências e objetivos musicais muito semelhantes. Ainda fazemos alguns shows cover de nossas bandas favoritas, mas nada se compara ao prazer de tocar nossas próprias músicas. Ver, ouvir e sentir o público aplaudindo, curtindo e pulando nosso som é algo indescritível. É isso que realmente gostamos de fazer como músicos. A diferença entre a fase cover e a atual é tanta que, na verdade, consideramos que a banda surgiu em dezembro de 2012, quando escrevemos e gravamos o 1º EP.

Já sabemos que suas influências internacionais vão desde Queens Of The Stone Age até Nrivana, então vamos no sentido oposto: o que vocês escutam de rock nacional? O que acham do atual cenário independente do país? 

Paulo Button: Interessante a pergunta, pois justamente as bandas de rock nacional que escutamos são as do cenário independente, incluindo muitas que conhecemos em shows e festivais. Eu, por exemplo, ando escutando muito nas últimas semanas Hellbenders, Overfuzz, Far From Alaska e Cardiac! Bandas como Medrar, Lisabi, Fones, Slasher e Black Drawing Chalks, que já dividimos o palco e/ou temos amigos, também estão sempre na minha playlist.

Quais são os próximos passos da banda para este ano?

Paulo Button: Nosso objetivo principal é fazer shows, muitos shows. Temos tocado muito nas regiões de Campinas e de Sorocaba, e em festivais que somos convidados para tocar em todo Estado de São Paulo, mas ainda existem muitas cidades do interior paulista que queremos conhecer, além é claro, outros estados e quem sabe países. Um 4º EP (3º da trilogia citada anteriormente) também está nos planos, assim como também vídeos de shows e um clipe.

Vocês têm mais discos que amigos?

Paulo Button: Com certeza! Esse é até um dos principais motivos de sermos uma banda, amigos e aguentarmos tantas horas de estrada e ensaios juntos: ouvir música o tempo todo e sempre estar conhecendo novas bandas!

Show de Lançamento

O show de lançamento do EP acontece nesta quinta-feira (7), no Bar do Zé, em Campinas-SP, junto com o Far From Alaska. na cidade de Sorocaba, o grupo apresenta o registro na Ocupação Lapaz no dia 17 de maio, a partir das 17 horas, com as bandas locais Incesto Andar e Fones.

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