Sábado – Martim Cererê

Diferentemente do primeiro dia de festival, as apresentações de sábado e domingo foram agendadas para acontecer no Martim Cererê, que já foi palco de diversas edições do festival e sediou mais uma vez boa parte do evento. Apesar da correria para ver todas as bandas (devido aos shows não terem intervalos entre si e acontecerem em dois palcos distintos), a estrutura do lugar é bem interessante, possibilitando a permanência do público em vários locais diferentes (como as bancas de comida e artefatos que foram preparadas para o evento) e com uma boa qualidade de som. O sábado foi provavelmente o dia mais agitado da 20ª Edição do Goiânia Noise Festival.

Com um atraso menor que o do dia anterior, as apresentações começaram um pouco depois das 16:30 e a primeira banda a se apresentar foi a novata Off a Cliff, que fez sua estreia nos palcos durante o festival. O som da banda é uma mistura de elementos eletrônicos com o bom e velho rock, que pode agradar aos mais abertos a novidades.

Logo em seguida vieram os shows das bandas Pedrada e Gonorant$. A primeira com um punk rock direto e divertido, num show bem agitado e a segunda com um estilo musical peculiar, repleto de temáticas ufológicas, riffs e batidas de peso com muito bom humor. Ainda nesta parte inicial do festival, foi possível conferir o hardcore pesado e melódico que tende para o lado do Old School dos goianos da Coerência e a mistura de estilos sombria da banda Revolted. Ainda foi possível aproveitar o garage rock dos mineiros da banda The Dead Pixels e o rap apareceu para quebrar a sequência de variações de estilos do rock com a apresentação de Gasper.

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Overfuzz

Uma das bandas que mais cresceu na cena goiana nos últimos tempos se apresentou ainda cedo no Goiania Noise. A Overfuzz trouxe seu rock pesado e mais uma vez fez com que o público se movimentasse e curtisse o bom rock que cresce em terras goianas.

O ritmo se acalmou em seguida com o show de Diego Mascate, com uma performance psicodélica e que segue o estilo artístico do cantor, distribuindo entre o público uma sensação de curiosidade, seja pelo estilo da performance ou pelo próprio estilo musical. Diego mistura de tudo um pouco e pode agradar (ou desagradar) as mais variadas preferências pessoais de cada um. O bluegrass da banda Them Old Crap (que pode ser definida como uma mistura de rockabilly e country bem animada) e o folk rock da The Neves mantiveram o ritmo do festival mais equilibrado até a apresentação da banda Spiritual Carnage, com um death metal poderoso que reuniu um público mais pesado em uma apresentação bem carregada.

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Space Truck

A banda carioca Barizon, formada por diversos nomes já conhecidos da cena do Rio de Janeiro (como por exemplo integrantes das bandas Zander e Plastic Fire) se apresentou logo em seguida e fugiu do que admiradores das antigas bandas dos integrantes estão acostumados. O estilo apresentado foi um stoner rock mesclado ao metal, fazendo com que o público se interessasse pela “nova produção”.

Logo depois vieram os goianos da Space Truck com uma sonoridade moderna e grooves bem dançantes segurando o público já bem presente no evento durante todo o show.

Logo depois vieram os tão aguardados Hellbenders, que recém chegados de uma gravação no Rancho de La Luna mostraram durante o show porque chegaram até lá, com uma apresentação enérgica, pesada e acompanhada por um público em peso (que aguardava ansiosamente o retorno aos palcos dos goianos).

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Hellbenders

A banda The Galo Power apresentou seu rock clássico e ao mesmo tempo psicodélico, trazendo um show animado e arrebatador, potencializando a animação do público que marcava presença no evento desde cedo. O próximo show foi da lisérgica e dançante Carne Doce, que a cada apresentação reúne um público maior e dissemina toda sua psicodelia abrasileirada pelas terras goianas. É uma banda que destaca muito bem cada um de seus integrantes, formando um conjunto impressionante que agrada aos ouvidos, faz dançar e cantar em alto e bom som.

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The Galo Power

A penúltima atração da noite foi a internacional Radio Moscow , que tocou já bem tarde da noite e ultrapassou os limites de capacidade do palco onde se apresentaram. Tinha gente espremida em todos os cantos aproveitando a energia do garage rock da banda com toques de psicodelia, blues rock e alguns riffs impressionantes, com execução arrebatadora e impecável.

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Radio Moscow

Para fechar a noite, nada melhor do que uma comemoração em conjunto. Enquanto o Goiânia Noise Festival comemora 20 anos de existência, a banda Mundo Livre S.A comemora também 20 anos, do disco Samba Esquema Noise. Tocando sucessos como: “Melô das Musas“, “Manguebit” e “Meu esquema”  a banda animou o público com seu samba rock/ manguebeat e fez todo o público dançar e sair satisfeito da segunda noite de festival, que teve grande destaque pela diversidade de estilos nesta noite em especial.

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