Sexta Feira – Centro Cultural Oscar Niemeyer

Em Goiânia custa chover, mas quando chove… o negócio fica complicado. A tarde (e o comecinho da noite) de sexta feira foram assim, o que comprometeu um pouco a logística do festival. Os shows foram realizados no Palácio da Música no Centro Cultural Oscar Niemeyer (local coberto), o que fez com que as atrações não fossem prejudicadas pela chuva, mas uma parte do público chegou bem mais tarde no local e a área aberta do festival ficou restrita, fazendo com que grande parte do público se aglomerasse em locais menores.

Com mais ou menos uma hora de atraso, a primeira banda a subir no palco foi a Ghon, que é formada por nomes conhecidos da cena metal goiana e executa um death metal furioso, com muita qualidade e riffs pesados. O público ainda estava escasso no início deste show, mas os guturais pesados e o ritmo agressivo chamaram a atenção de alguns interessados, que pareceram curtir bastante a apresentação da banda.

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Coletivo Sui Generis

Logo em seguida quem subiu ao palco foi o Coletivo Sui Generis, que com sua fusão de rap e hardcore demonstrou que um DJ não serve apenas para colocar alguns discos para tocar aleatoriamente. O DJ Gez alinhou diversos scratches com os riffs bem ritmados e os vocais pesados da banda, produzindo um som interessante, que reuniu um público maior que a atração anterior mostrando que o Oscar Niemeyer ainda iria ficar bem cheio naquela noite.

As meninas da Girlie Hell foram a terceira banda a se apresentar, enchendo a frente do palco e tocando sucessos como “Gunpowder“, uma das faixas mais recentes da banda. O vocal feminino chamou bastante a atenção do público, ressaltando mais uma vez todo o girl power do quarteto. A sincronia entre as integrantes durante o show é impressionante, mostrando que a cada apresentação as meninas estão só aumentando a qualidade de sua performance. O show acabou tendo um pouco menos de tempo que o programado, mas o público saiu desta apresentação satisfeito.

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O apresentador do evento, FAL (da icônica banda goiana Rollin’ Chamas) não poupou elogios à banda e comentou que o maior combustível de qualquer apresentação eram as palmas e o carinho do público. É de se ressaltar também que a participação de FAL no evento foi essencial, sua animação e presença de palco chamavam a atenção do público, que já não o via pelos palcos há algum tempo.

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O Mechanics, quarta banda a se apresentar, tem a mesma idade que o festival, tocou em todas as edições do evento e suas histórias se interligam. A apresentação foi pesada, com destaque para as viradas de bateria (que eram duas ao mesmo tempo, inclusive) que faziam o público já interessado se empolgar mais ainda com a apresentação.

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Biohazard

Os americanos da Biohazard acabaram pedindo para trocar o horário de seu show e, ao invés de serem a atração final, se apresentaram antes do Matanza. Por volta de meia noite Billy Graziadei e sua banda subiram ao palco do Goiania Noise e instauraram o caos durante o show. Arriscando algumas frases em um português até bem falado e executando um som de peso, a banda tocou sucessos como “Shades Of Grey” e “What Makes Us Tick” logo de início, não deixando faltar outros sucessos como “Hold My Own” e “Urban Discipline“, focando seu longo repertório em faixas presentes nos três primeiros álbuns do grupo.

O ápice do show foi quando a animação do público não se conteve com os moshs e stage divings do lado de baixo do palco e diversos fãs foram autorizados a subir no palco, “assistindo” ao show de um local privilegiado e se misturando com os integrantes da banda, lotando (literalmente) o palco do Palácio da Música. Deu um pouco de trabalho para mandar de volta para a plateia a quantidade de pessoas que estavam no palco depois que o show acabou, subtraindo a última música do setlist inclusive, mas foi uma das maiores demonstrações de boa relação entre banda e público durante o festival.

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Matanza

O fechamento da primeira noite do Noise ficou por conta do Matanza, banda com um público já cativo em Goiânia (o que foi visível mesmo antes do show começar no festival). Foi uma apresentação sem muitas pausas, com a velocidade no máximo e o volume também.

O vocalista Jimmy London iniciou o show ao som de “Ressaca sem fim” e levou o público à loucura logo nos primeiros acordes. Show pesado, divertido e lotado. A banda se apresenta em Goiânia praticamente todo ano (apesar de não se apresentar no Noise há um bom tempo) e a recepção do público costuma ser sempre bem calorosa.

O setlist contou com sucessos de vários momentos da carreira da banda: “Remédios Demais“, “Odiosa Natureza Humana” e “Tudo Errado” (Odiosa Natureza Humana), “O último bar” (Música para beber e brigar), “Clube dos Canalhas” e”Tempo Ruim“(A arte do insulto), “Rio de Whisky“, “Mesa de Saloon“(Santa Madre Cassino) e algumas músicas “padrões” do setlist do grupo: “Pé Na Porta e Soco na Cara” e “Mulher Diabo” – que foi dedicada ao público feminino (que era bem grande, inclusive). O final do show ficou por conta de sucessos como “Meio Psicopata“, “Estamos todos bêbados” e “Chamado do Bar“, fechando a noite de sexta feira em grande estilo.

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