Um dos duos mais bacanas da e-music brazuca retorna em grande estilo com single e remix novo. Os brasilienses do Deltafoxx ganharam espaço no exterior com suas boas apresentações e faixas melódicas que unem o melhor do passado e presente num mix irresistível para os palcos (e pistas). Fábio Pop e Cris Quizzik continuaram compondo em sua tour internacional e o resultado é a belíssima faixa “Dancing Girl“.

“A gente estava atrás de uma música dançante e com impacto. A gente curte muito o TheFatRat, tocamos vários remixes dele em sets nossos. Ele influenciou bastante a ‘Dancing Girl’ e foi uma grande alegria ele ter topado trabalhar junto conosco,” completa Pop sobre a música recém lançada.

Já o remix produzido para a cantora Vérité, teve influências de synths 80s dando um brilho extra à voz desta nova intérprete que certamente vai agradar os fãs de Lana Del Rey.

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E também temos novidade de Mr. George Lewis Jr. (aka Twin Shadow) com “Turn Me Up“. Um aperitivo de mais um, provável, belo trabalho do produtor faz tudo. A track segue uma linha densa e levemente sombria. Influenciada por artistas como James Blake e Chet Faker. Vale a pena ouvir.

Bate Papo e Remixes Favoritos

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Caroline Morr é um dos nomes de destaque na cena house atual e nossa convidada especial da semana. A jovem DJ se apaixonou pela música eletrônica no final dos anos 90 e isso a impulsionou em seus sets com pesquisa de sons que vão da UK Garage ao Bass House.

A moça faz parte do coletivo Lokkomotiwa Crew e já se apresentou por diversas pistas do país esbanjando talento e simpatia.

 

Quando você teve seu primeiro contato com a música eletrônica? O que costumava ouvir antes?

Meu primeiro contato com a música eletrônica foi na infância, no final dos anos 90 tive acesso ao clipe de “Around The World” do Daft Punk. Apesar de achar tudo aquilo um pouco estranho e até assustador (aquelas caveiras dançantes e seres meio desfigurados de ombros desproporcionais subindo escadas em passos de dança), acabei tendo meu gosto musical marcado e influenciado por aquilo até hoje, creio que até de maneira subconsciente.

Antes disso acho que eu ouvia girls bands como Spice Girls! (risos) Mas tive fases entre a pré adolescência e adolescência em que refiz esse contato com a música eletrônica em seus diferentes gêneros e alternei entre ela o Rock pelo menos umas duas vezes em fases distintas na vida.

Lá pelos meus doze anos troquei as roupas rasgadas, o Punk Rock e o Grunge pelas matinês em que se apresentavam os DJs Marky e Patife dos quais me tornei grande admiradora, época também em que tive acesso a um grande acervo de música eletrônica tanto nacional quanto internacional em um programa na extinta MTV Brasil, o AMP.

Eu não tinha computador e tinha pouco sono durante as madrugadas então passava algumas delas vendo clipes nesse programa, desde “Sambassim” do Dj Patife, “Hey Boy Hey Girl” do Chemical Brothers, “Smack My Bitch Up” do The Prodigy ao “Burning” do Dj Julião que na época se tornaram músicas marcantes para mim.

Anos depois, com exatamente 15 anos, na pista obscura do clube gótico Madame Satã, nas matinês de Domingo com RG falsificado eu buscava ouvir Post Punk com meus amigos e então conheci nesse lugar um estilo de Música Eletrônica pesado e agressivo porém dançante que me agradou, o EBM.

Também conheci e me apaixonei nessa mesma pista por New Order e Depeche Mode. Até os 17 anos frequentei esse meio e o do “Rock Alternativo”, apenas saía para ouvir de industrial a Hard Rock, Alt e Indie Rock. Também ouvia isso a maior parte do meu tempo até os amigos de escola me levarem à primeira Rave, e desde então se tornou notável meu desejo por pesquisar sobre música eletrônica.

Chegava em casa e logo ia procurar músicas e remixes que me agradavam e que os DJs haviam tocado nas festas nos fóruns de uma rede social que estava em evidência. Na época o Progressive House, Electro House, Fidget House e o Minimal estavam começando aparecer nessas festas, logo depois vieram com tudo e eu preferia essas sub-vertentes enquanto todo meu grupo de amigos as do Trance. Passei até por um certo bullying algumas vezes.

Como foi a sua primeira vez assumindo o papel de DJ?

Estava nervosa, mal conseguia girar os knobs direito de tão tremulas que estavam minhas mãos, tive crises de ansiedade dias antes e até cheguei sentir dores de estômago devido a isso no dia da apresentação, mas fui e fiz, subi na cabine, toquei e quando fui para o bar pegar uma água depois e recebi os feedbacks positivos de quem estava na la sobre o set, tive a certeza de que queria fazer aquilo de novo, quer dizer, mostrar o som que eu gostava e acreditava mais vezes e para mais pessoas.

Qual a melhor gig até hoje?

É difícil escolher a melhor, foram muitas festas em que saí feliz, de alma lavada e encantada pela interação da pista com a história que eu busquei contar através do meu set, mas até hoje tenho um carinho especial pela Lokkomotiwa em que toquei no dia 08/03/2013 no Clash Club porque foi minha estreia na Crew, e acredito que o começo de uma fase de amadurecimento musical para mim e também pela positividade que recebi das pessoas no dia em relação ao meu trabalho.

Quais festas e coletivos você faz parte atualmente?

Atualmente faço parte da Lokkomotiwa Crew, que é um Coletivo Cultural que estrutura festas regadas a exposições de fotografia, artes plásticas, moda e música eletrônica.

Quem são as mulheres que te inspiram no meio?

Miss Kittin, Hannah Wants, Nina Kraviz, Paula Chalup e Verônica Kirkovics

 

https://soundcloud.com/carolinemorr/caroline-morr-shadows

Melhores DJs de 2014

E antes de deixar essas linhas musicais, já viram a lista de melhores DJs de 2014 da Resident Advisor? O ranking está justo e nomes cultuados estão sendo divulgados. Deixando um pouco de lado os superstars da EDM e Trap, tem Andrew Weatherall, Erol Alka, Joey Anderson, Anja Schneider e outros guerreiros dos decks.

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