Cavalera Conspirancy

Cavalera Conspirancy

Texto por Robson Santos
Fotos por Doni Maciel

Faziam 20 anos, desde 09 de novembro de 1994, última vez em que os irmãos Cavalera tocaram juntos em Porto Alegre. Na noite em questão, o Sepultura se apresentava na capital junto com os Ramones, com abertura dos Raimundos, na turnê intitulada Acid Chaos, batizada assim em virtude do lançamento dos discos Acid Eaters dos Ramones e Chaos A.D  do Sepultura. Um marco pra quem pôde estar presente nos shows que passaram por aqui, pois fora a última apresentação dos novaiorquinos antes do fim, e da separação da formação original dos brazucas.

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Muita coisa de lá pra cá aconteceu. Max foi expulso do Sepultura, criou o Soulfly, Iggor deixou a banda também, dedicando-se ao Mixhell, e após 10 anos voltou a contatar seu irmão Max, e daí pra frente todos sabem o que houve. O Cavalera Conspiracy nada mais é que o parque de diversões dos Cavalera, o lugar ideal pra se divertir e divertir quem mais estiver presente. O ritual é basicamente esse: diversão.

E teve muita diversão e recordação em Porto Alegre, na noite de 14 de setembro. Antes do show começar, a abertura dos paulistas da Capadócia preparou o público. Casa lotada, rodas de pogo, urros, socos no ar. Uma verdadeira celebração. As luzes se apagam, e os gritos de CAVALERA! CAVALERA! tomam conta do recinto, quando detrás da bateria surge Iggor Cavalera saudando o público, para em seguida surgir no palco Max, Marc Rizzo (guitarra) e Tony Campos (baixo) e o Opinião vem abaixo com “Inflikted” do álbum de estreia, seguida de “Warlord” e “Torture”, e o que já vinha bem só melhora na sequência de “Beneath the Remains”, “Desperate Cry” e “Troops of Doom”.

Cavalera Conspirancy

Já dá pra imaginar o “caos” que se tornou a pista da casa. Houve espaço ainda pra “Wasting Away” do Nailbomb e algumas novas músicas de Pandemonium, previsto pra sair em novembro. A casa vem abaixo de vez com a dobradinha saudosista “Arise” e “Dead Embryonic Cells”.

Uma pausa pra “Babylonia Pandemonium” e mais dois clássicos, “Refuse/Resist” e “Territory”. É um show de saudade de quem esteve em 1994, de quem não esteve, e de quem nunca havia visto os irmãos Cavalera juntos. Sem desmerecer a formação atual do Sepultura, mas a alma e o coração da banda sempre foram os Cavalera, a voz e a explosão em palco de Max, e as batidas de Iggor.

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Max ao final diz que se o público quer mais, que grite alto. Pedido respondido de imediato. Houve inclusive uma brincadeira na volta com a intro de “Walk” do Pantera, um trecho de “Orgasmatron” do Motorhead que não estava no setlist, e pra encerrar de vez veio uma avalanche com “Innerself”, “Attitude” e “Roots Bloody Roots”. Era nítida a emoção dos fãs, o carinho da banda, e o respeito mútuo de ambos.

A noite se encerrou com uma pancada de chuva pra lavar a alma de quem saía do Bar Opinião.

Set List

  1. Intro/Inflikted
  2. Warlord
  3. Torture
  4. Beneath The Remains | Desperate Cry | Troops Of Doom
  5. Sanctuary
  6. Terrorize
  7. Doom Of Fail
  8. Wasting Away (Nailbomb)
  9. Babylonia Pandemonium
  10. Arise | Dead Embrionic Cells
  11. Killing Inside
  12. Refuse/Resist | Territory
  13. Black Dark
  14. Banzai Kamikase
  15. Walk (Intro Pantera)
  16. Innerself
  17. Orgasmatron (Motorhead)
  18. Attitude
  19. Roots Bloody Roots

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