O Terno

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Era grande a expectativa dos fãs, que mal começaram a aparecer no Auditório do Ibirapuera, já largaram seus pertences no lugar marcado no ingresso para ficar em pé, na frente do palco. Era a vontade de estar mais perto de Tim BernardesVictor Chaves Guilherme D’Almeida, ou simplesmente do O Terno.

A banda abriu o show de lançamento do seu novo álbum homônimo com o primeiro single do novo trabalho, “O Cinza”, que já foi cantado em coro pela galera. Mas esse privilégio não era só do single: os fãs, afiados, já tinham boa parte das canções do novo trabalho na cabeça, e exibiam orgulhosos, camisetas da banda e penteados inspirados nos garotos de cima do palco.

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Depois de mandar “Bote Ao Contrário” “Quando Estamos Todos Dormindo”, o trio tocou “Papa Francisco”, composta para o disco de Tom Zé, O Tribunal do Feicebuqui, lançado em 2013.  Em determinado ponto do show, Guilherme agradeceu a presença de todos e anunciou que graças à colaboração dos fãs pelo Catarse, o disco de vinil da banda estava finalizado e já disponível para entrega e venda.

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Um dos momentos mais notáveis do espetáculo foi a apresentação da psicodélica “Vanguarda?” que, acompanhada de um show de luzes, questiona em sua letra os auto-intitulados “músicos de vanguarda”, que se perdem na tentativa de achar um estilo que os defina ou qualquer coisa que o valha. A música, que lembra a temática de “66”, foi precedida por esta no show, dando a impressão de complementá-la.

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Após tocar “Ai, ai, como eu Me Iludo”Tim encenou com seus companheiros uma pequena história de amor, em que ele, o desiludido, esperava uma garota que deveria chegar para o show, enquanto apresentava a banda e as redes sociais do grupo, entre outras formas de contato.

Ao voltar para o bis, a banda agradeceu novamente a participação e a presença de todos os fãs e anunciou a venda de itens na lojinha, pós show. “Quem quiser ficar também pode pegar os discos autografados com a gente na fila, se tiver fila,” explicou o modesto Tim.

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Para encerrar, um novo show de luzes, dessa vez para o pot-pourri “Tic Tac / Eu Não Preciso de Ninguém”, com os quais a banda deixou o palco sob aplausos da plateia, que misturava idades, gêneros e inspirações, mas via no palco uma apresentação completa, de uma banda que revigora as energias dos que ainda ousam acreditar no rock nacional.

Ver aqueles três garotos no palco explorando instrumentos que iam de guitarra à piano de cauda, acompanhados por fãs de todas as idades trajando camisetas que iam de Frank Zappa a Tom Zé, passando por Beatles, David Bowie e é claro, O Terno, mostra que a gente só precisa mesmo saber que existe vida nesse rock brasileiro, que se revigora a cada vez que alguém tenta dizer que ele já morreu.

SET-LIST

  1. O Cinza
  2. Bote ao Contrário
  3. Quando Estamos Todos Dormindo
  4. Papa Francisco
  5. Brazil
  6. Harmonium
  7. Eu Confesso
  8. Morto
  9. Eu vou Ter Saudades
  10. Pela Metade
  11. Vanguarda?
  12. 66
  13. Ai, ai, Como eu me Iludo
  14. Medo do Medo
    BIS
  15. Quando eu me Aposentar
  16. Tic Tac / Eu não Preciso de Ninguém

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