Festival Bananada 2014

Sexta-feira, 16 de Maio

Festival Bananada 2014 consolida-se como multifestival
Dry

Quem abriu as apresentações do final de semana do Bananada no palco 2 foi a banda Indústria Orgânica, que tem Luciana Clímaco na voz e faz “rock goiano”, combinando música caipira com rock progressivo.

Ao pisar no palco 1, o quarteto goiano Dry já mostrou que merecia uma posição de mais destaque no line-up. As músicas de seu álbum de estreia, Enjoy The Fall, lançado neste ano, tornam-se ainda mais impactantes ao vivo na voz poderosa e impressionante de Marco Bauer, nos graves de Gustavo Gontijo, nos riffs e solos cortantes de Pedro Bernardi (que não poupou o uso de efeitos) e na pressão imposta pelo baterista Augusto Zimiani. O término alucinante do show aconteceu com “I Don’t Know”, em uma espécie de “jam” sensacional onde todos os integrantes fizeram um show à parte.

A Cherry Devil vai além de guitarras com timbragem perfeita; um dos vocalistas mais elogiados da cena rock de Goiânia, Ewerton Santos, abrilhanta a mistura de hard rock, metal e stoner feita pela banda composta ainda pelo baterista Edu Ornelas e pela baixista Camilla Alencar, que, com seu carisma e sua presença de palco, chamava a plateia a cada murro que dava em seu baixo. No seu setlist, foi incluído músicas de seu recém-lançado EP Lions, Spirits & Dragons e algumas ainda não gravadas, porém cantadas por amigos e fãs que prestigiaram o quinteto em ação.

Festival Bananada 2014 consolida-se como multifestival
O Terno

“Eles não são um trio, eles são O Terno.” Com essa apresentação realizada pelo produtor Miranda, que fez a chamada de diversos shows do festival, Tim Bernardes (guitarra e voz), Guilherme d’Almeida (baixo) e Victor Chaves (bateria) mandaram a música “Zé, Assassino Compulsivo”, seguida por “Papa Francisco Perdoa Tom Zé”, antes de mencionaram quão honrados se sentiram ao terem gravado a faixa com o próprio homenageado, Tom Zé.
Depois do hit “66”, a banda apresentou uma faixa inédita que constará em seu próximo álbum de estúdio. Intitulada “O Que Acontece Quando Estamos Dormindo”, a música, que cita Paul McCartney, faz jus a seu título e conta com uma linha de baixo muito bem desenhada e respondida pela guitarra regada de fuzz vintage de Tim Bernardes.
O Terno ainda apresentou a versão de “Trem Azul” (do Clube da Esquina), música gravada para o projetoTMDQA! Apresenta, antes de fechar com “Tic Tac”, na qual brincou com a plateia, e deixou o palco dizendo: “A gente chegou aqui sabendo que ia ser foda, mas é mais foda ainda.”

Formada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o coeso power trio Rinoceronte voltou ao Bananada para apresentar suas influências do rock setentista e psicodélico, enquanto os norte-americanos do The Obits se preparavam para subir ao palco 2. Ainda na turnê de Bed and Bugs, disco lançado em 2013 pelo selo Sub Pop, o quinteto nova-iorquino foi objetivo ao apresentar seu surf punk.

Festival Bananada 2014
Papier Tigre

Os franceses do Papier Tigre foram a atração mais alternativa e inusitada, com uma formação que reúne o baterista Antoine Parois, o guitarrista e vocalista Eric Pasquereau e o percursionista e guitarrista Arthur de La Grandière, que abusou de seus pedais de efeitos, já que a banda não possuiu baixista. Com experiência para tocar para público estrangeiro – o projeto já realizou shows em mais de 20 países -, o trio foi responsável por uma das performances mais comentadas da noite.

Uma das atrações mais aguardadas da noite, o trio canadense Metz cumpriu fielmente com sua proposta de amplificar sua sonoridade caótica, deixando sua performance ainda mais explosiva, enérgica e ensurdecedora, levando o público a fazer a primeira roda de pogo do final de semana do Bananada. O show, que ainda teve o single “Get Off” dedicada aos fãs brasileiros, terminou com aprovação unânime e comentários como “destruidor”.

Festival Bananada 2014
Festival Bananada 2014
Black Drawing Chalks

O quarteto Black Drawing Chalks sempre é lembrado por seus shows poderosos por onde quer que passe, mas ver a performance em sua cidade natal é uma experiência ainda mais empolgante. Apontados por Fabrício Nobre como “os heróis de Goiânia”, a banda deixou claro em palco tal citação, fazendo uma de suas apresentações mais intensas, extrovertidas e emblemáticas. Como se não bastasse ter Rodrigo Miranda (ex-MQN) assumindo as baquetas enquanto Douglas Pereira cumpre agenda do estúdio de artes gráficas Bicicleta Sem Freio em Londres, o show foi marcado também por invasões de palco e mosh do baixista Denis Dec, que interagia incansavelmente com a plateia, permitindo até mesmo que fãs tocassem no baixo durante momentos de algumas canções. O setlist, com faixas extraídas dos 3 discos de estúdio lançados pela banda entre 2007 e 2012, contou com “Big Deal”, “Simmer Down”, mashup de “My Radio com “Suicide Girl”, “Don’t Take My Beer”, “My Favorite Way”, “Street Rider”, “Black Lines”, “Cut Myself in Two” e “Leaving Home”.

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Mudhoney

Encerrando a sua turnê brasileira, a banda punk de Seattle Mudhoney, uma das que mais influenciaram a cena grunge no mundo, deixou muito bem seu recado em terras goianas. Depois de gravar uma sessão no estúdio Rocklab para o projeto Fábrica do Som com a equipe da Granada Filmes, a banda foi empolgada para divulgar seu novo álbum (Vanishing Point, de 2013), no show aberto pelas músicas “Slipping Away” e “I Like it Small”, já com ótima resposta do público que, aos poucos, extasiava-se com o lendário grupo ao som de músicas como “Suck You Dry”, “You Got It (Keep It Outta My Face)”, “Touch Me I’m Sick”. Em vários momentos, quem atraia atenção era o guitarrista Steve Turner, que em meio aos seus solos, mandava ver no uso de wah wah e fuzz. Mark Arm também comandava o show, principalmente quando deixava sua guitarra para assumir apenas os vocais.

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