(Hit “Próximo” for the English Version)
Desertfest 2014 em Londres
Resenha por Sandra Krueger
Fotos por Thanira Rates
Foto Church of Misery por Jessica Lotti
Alcançando a sua terceira edição, o Desertfest vem crescendo e atraindo pessoas de várias partes da Europa e outros lados para a capital mais movimentada da Europa, Londres, precisamente no bairro onde as cenas alternativas acontecem e nas 3 casas que abrigam essa cena em Camden Town: Black Heart, Underworld e Eletric Ballroom.
Camden Town é bem conhecida pelos bares e gigs de Metal/Punk e Rock & Roll, mas nunca se vê tantos cabeludos como aconteceu no último final de semana de Abril (25, 26 e 27): por três dias, Camden foi totalmente invadida por uma atmosfera incrível.
Apesar de ser a menor casa do festival, o Black Heart foi totalmente ocupado na sexta-feira (25), deixando a sensação de que a sala de show virou uma pequena sauna, repleta por fãs de música espremidos e derretendo, entre cabelos voando e o cheiro de cerveja que acabou voando nas jaquetas e nos pés de todo mundo ao som do Stoner/Hard/Psychodelic do Horisont, que realizou um show muito energético e contagiante, com todos os presentes dançando ou fazendo headbanging, enquanto ainda existia uma fila gigante de pessoas esperando do lado de fora para que algumas saíssem para que pudessem entrar.
No Electric Ballroom, uma casa bem maior em comparação com a anterior, tocava o Spirit Caravan, que recentemente foi reformada. Apesar de parecerem cansados, provavelmente por terem tocado na noite anterior no Deseretfest em Berlim, e a festa deve ter sido boa, ele começaram bem até que algo aconteceu com a caixa da bateria, e o guitarrista/vocalista Scott Weinrich parecia ter se irritado. A banda parou de tocar, ele reclamou um pouco e depois perguntou se alguém tinha um baseado – um fã jogou seu baseado ao palco e Scott parecia feliz de novo depois do primeiro trago; quem não ficou muito feliz foi o dono do cigarro, que gritou ao questionar o amigo ao amigo o motivo dele ter lançado seu baseado. Scott soltou um trago na boca do baixista Dave Sherman e a banda pareceu estar de bom humor de novo, finalizando o primeiro dia de shows do festival, que recebeu no Electric Ballroom o space-psychedelic-rock power trio instrumental The Ultra Electric Mega Galactic, que tem como fundador o guitarrista do Monster Magnet, Ed Mundell.
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No Sábado (26), todos pareciam excitados: a atmosfera estava ainda mais vibrante em Camden e a banda ascendente da Relapse Records, os norte-americanos ASG, apesar de tocarem cedo, no meio da tarde, lotaram o Electric Ballroom com o som pesado do stoner rock. Para quem gosta de Red Fang, é uma banda para prestar atenção. O último álbum lançado, Blood Drive, foi aclamado pela cíitica e ao vivo soa forte e característico, principalmente pela voz de Jason Shi. O vocalista estava feliz e agradeceu a calorosa plateia que até fantasia de cabeça de porco usava: “Esse é o último show da nossa turnê e não poderia ser melhor! Valeu, Londres!” Nossa fotografa colaboradora, Thanira Rates, conseguiu uns minutos com a banda depois do show pra umas fotos no backstage e uma promessa de entrevista num futuro próximo.
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Os noruegueses do Kvelertak fizeram a festa no Ballroom com muita energia, especialmente do vocalista Erlend Hjelvik, que contagiava todos em volta e com uma entrada marcante, com chapéu feito de coruja empalhada.
Em seguida, no Underworld, com o palco todo escuro e com três velas formando o garfo do Diabo, a banda Dragged Into Sunlight tocou um set incrível: às vezes hipinótico, às vezes bem rápido, às vezes afiado como uma navalha e com os vocais black metal rasgando tudo no caminho. Definitivamente, encerrou os shows no Underworld com uma grande atmosfera.
Como último show da noite, em clima de sauna e um cheiro forte de cerveja, a banda escocesa Cosmic Dead apresentou uma overdose de Hawkwind que deixou todo mundo no maior clima de festa.
Já no Domingo (27), era possível notar os rostos de ressaca e de cansaço do público que compareceu aos três dias de festival, mas que ainda tinha muita disposição para a última maratona de shows.
Com uma hora de atraso, finalmente a banda americana Graves at Sea entrou no palco com o comentário do vocalista Nthan Misterek: “Sim ainda estou bêbado”, a banda sludge/doom/drunk entregou à plateia um set curto por falta de tempo, porém muito bem mandado.
Os japoneses do Church of Misery dominaram o palco do Electric Ballroom, que ficou totalmente lotado e tinha até gente passando mal. O destaque ficou para o final da apresentação, quando transformaram o palco, e o baterista Junji Narita, como sempre, finalizando o show com o gongo.
A seguir, a plateia foi embalada pela banda Boris, cuja a guitarrista/vocalista Atsuo Mizuno Wata (que se fosse uma personagem de Mangá provavelmente seria a Saya, do Blood) parecia tão frágil e inocente, porém, na verdade, possuía um poder imenso. Ela dominava totalmente a guitarra como a Saya domina a espada. Sua voz suave e embaladora, de repente causa uma explosão de sentimentos em músicas que entregam um pouco de tudo aos fãs.
Pra encerrar totalmente a noite da 3ª edição do Desertfest em Londres, foram escalados os suecos do Kongh no Underworld. Um set brilhante e total engajamento com a plateia, que não parecia saciada ao final do último som, fizeram a banda voltar para mais uma música, encerrando a noite em grande espírito.
Apesar de todos parecerem bem cansados na última noite do festival, todo mundo estava se preparando para um drink de graça e começar a festa de novo no Underworld.
Até ano que vem, Desertfest! Mal podemos esperar!
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