Entrevista SILVA

Entrevista SILVA

Em uma noite de quarta-feira com garoa na capital paulista, na tradicional decida da moda da Oscar Freire, a música chamava à atenção entre as vitrines: era o novo disco do SILVA, batizado de Vista Pro Mar tocando na loja Chili Beans, em evento fechado para convidados.

Na oportunidade, após algumas rodadas do trabalho que já soou muito mais alegre para o evento, SILVA recebeu as perguntas do jornalista e produtor musical Marcus Preto, e esclareceu algumas dúvidas que estavam na cabeça de muita gente que estava ouvindo o disco ali pela primeira vez.

Ao ser questionado sobre as razões que levaram Vista Pro Mar a ser um disco muito mais alegre que Claridão, o álbum de estreia do cantor, SILVA disse que não gosta de se repetir e tem medo de gente que externaliza sua autobiografia nas canções. Eu não gosto muito de me repetir, nem de fazer uma coisa auto-biográfica demais. Eu tenho um pouco de agonia desses artistas que estão passando por um momento  de depressão, aí faz aquele disco que ele te faz engolir aquela depressão toda. Eu tinha feito o Claridão, que na minha concepção é um disco mais denso, de quarto, e eu achava que o meu segundo disco não tinha que ser assim.  Claridão foi mais melancólico, é preciso tentar outros caminhos agora, disse o músico.

SILVA, que sempre estudou violino clássico, contou que foi a partir de uma viagem internacional que ele começou a descobrir que ele queria fazer música menos erudita. Quando eu tinha 19 anos eu produzi um disco de uma banda da minha cidade. Aí eu peguei essa grana desse trabalho e fui pra Irlanda. Cheguei lá no auge da crise econômica, mas fui pra estudar inglês e pra ter uma experiência internacional. Eu entrei numa banda que tocava na rua, conheci muita coisa por lá, fiquei mais de um ano, e foi lá que eu comecei as minhas primeiras músicas. Quando eu voltei, decidi que queria me dedicar à música, mas sem toda aquela pompa do erudito. Aí foi que eu fiz o meu EP (o 2012 EP), lancei na internet e as coisas começaram a acontecer, explica.

O cantor também falou a respeito das principais diferenças entre o Claridão e o Vista pro Mar no palco. Disse que no primeiro álbum ele tocava só com um baterista, o que dificultava seus movimentos e o deixava mais travado e que isso mudou para o novo trabalho. Agora eu resolvi que ia ter uma banda, então tem um guitarrista que toca sintetizador também, tem um baixista, um baterista e um trio de metais que toca as partes de metais do sopro. Acho que além da música soar maior no palco, a nova composição do palco me deixa mais livre também para ter momentos em que eu não vou precisar tocar nada, só cantar, e pegar uma guitarra, fazer outras coisas. 

Depois de saber um pouco mais sobre a construção do trabalho, que tal escutar e contar pra gente o que você achou? Ele é uma das atrações nacionais do Lollapalooza Brasil e se apresenta no próximo sábado, no palco Onix, a partir das 12h10. A gente se vê por lá?

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