Foto: Bruno Mello

Foto: Bruno Mello

Você, caro leitor que acompanha essa humilde coluna, já deve ter notado que estamos interessados nessa banda aqui do Rio (e no Vitor Ramil)… Sim, estamos. Mas acima do interesse no som deles, está na coragem.

Muitos artistas dessa nova geração pós-Los Hermanos estão visivelmente tentando se provar merecedores de atenção, de um status qualquer de arte, de algum tipo de aprovação pessoal dita por likes de facebook ou só pagar de legal. Todos falham miseravelmente em ser sinceros. A Baleia foi sincera no seu “Quebra Azul”. E ser sincero nos dias de hoje é ser corajoso.

Não que o disco seja uma obra-prima. Mas é muito acima da média. O que surpreendia no começo empolgante do disco, com “Casa” e “Motim”, soa um pouco cansativo e repetitivo na parte final do disco. Exceto o ótimo single “Furo 2 (Sangue do Paraguai)”, uma das músicas do ano.

Mas a surpresa veio ao vivo. Mesmo com o nervosismo das estreias e uma ansiedade visível, a banda colocou todas as camadas das músicas e o lirismo das letras em um ótimo show ao vivo, no começo do mês no Solar de Botafogo (RJ). Vi muitos shows esse ano, desde grandes veteranos que são meus ídolos até bandas que rola vergonha de citar, e a Baleia tá no Top 5, com louvor.

O curto show (afinal, o disco tem 8 músicas) tem todo o repertório do disco e uma inspirada mistura de Dorival Caymmi e Radiohead.

Domingo você vai poder conferir isso ao vivo. Eles vão subir ao mesmo palco que os vi num belo show junto da Mahmundi no domingo.

Tem mais infos no poster abaixo e no evento no Facebook.

cartaz_baleia

Baixe o disco (ou ouça abaixo) e vá no show. Valorize o que tenta ser diferente.

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