Fãs do Metallica

Fotos: Vitor Augusto (E-Vod) / Foto do Metallica: Getty Images

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Nos meus tempos de colégio, era aquele moleque estranho que curte “música alternativa” ou o adjetivo da moda da vez. Talvez por falta de escolha, me vi amigo daqueles metaleiros, habituados a sentar no chão e a beber vinho barato, mas que são verdadeiros e fieis quando gostam de algo ou alguém. Não poderia ter amigos melhores. Não é difícil gostar de um metaleiro. Por trás dos desenhos macabros das camisas e dos cabelos enormes se escondem corações bacanas e os mais apaixonados fãs de música que podem existir.

A chegada ao Rock in Rio (mais uma vez complicada pelo trânsito) já fazia sentir a diferença: não era um mega-evento com um ou outro show entre muitas atrações, era um festival de música. E as pessoas que vieram por ela. Na verdade, pelo Metallica.

Perdi os primeiros shows. Não vi, por exemplo, Sebastian Bach (que minha noiva disse lembrar de Gilmore Girls) tocar clássicos do Skid Row, ou Rob Zombie tocar o terror e fazer a mídia surtar em trocadilhos péssimos – de “arrepiante”, “show vivo de Zombie”, pra baixo… E não vi o Sepultura fazer justiça e voltar ao Rock in Rio, dessa vez no Palco Mundo com o Tambours du Bronx.

Sepultura no Rock in Rio

Mas o Leandro Bulkool, amigo da casa e podcaster do Máquina do Tempo, viu o show e disse que a pressão do Tambours jogou o som do Sepultura pra cima, deixou mais tribal, o que já é e atraiu muito a atração do público. O show foi muito bem comentado pelas pessoas durante toda a noite.

Ghost BC no Rock in Rio

O que o show do Sepultura teve de atração do público, o Ghost B.C. não teve. A missa macabra não pegou a plateia. A chegada da banda trouxe uma certa surpresa, mas o som – que parecia pedir uma concentração, um clima maior – não colou no gigante Palco Mundo. Talvez no Sunset soasse melhor. Ou não. O que era para ser assustador foi só sonolento.

Alice in Chains no Rock in Rio

Aliás, é complicado escrever sobre um show que pareceu tão morno depois do quente show do Alice in Chains. A banda agradou – principalmente com seus hits lá do começo da carreira – mas não levou ao delírio. A sombra de Stanley, tão citada em todas as matérias sobre essa nova fase da banda, desapareceu do palco e só existe na cabeça dos fãs. A banda está bem, apesar de todos os traumas, e com um set maravilhoso.  Foi um dos shows mais bacanas de se assistir do festival até aqui.

Metallica no Rock in Rio

Mas, rapaz… não é o Metallica. O show mais esperado da noite não decepcionou. A presença de palco deles impõe uma força à apresentação naturalmente. Isso, somado a um set espetacular, fez com que todos os fãs ali fossem ao delírio. É a terceira vez deles no Brasil com a tour do “Death Magnetic” e os mais chatos podem até reclamar, pedir coisas novas. Mas isso pouco importou para quem estava lá, para todos aqueles fãs de metal que pareciam meus amigos de adolescência. Eram todos realmente na mesma sintonia, numa mesma direção, como diz a música-tema do festival. Todos queriam ver o show, curtir, pular, cantar.

É, não é difícil gostar do público de metal. Que venha o Iron no domingo.

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