Television no Abril Pro Rock 2013

Television no Abril Pro Rock 2013

Texto por Yuri Ribeiro
Fotos por Rafael Passos (Cobertura oficial do festival)

O Abril Pro Rock chegou, em 2013, à sua 21ª edição. Após vários questionamentos, o festival mostra que continua bem vivo e que é um dos principais do país. Com uma programação bem diversificada, o APR voltou a atrair o público que curtiu 18 shows em dois dias.

A noite da sexta-feira começou com as pernambucanas Tagore e Babi Jaques & os Sicilianos, que tocaram para um público ainda pequeno no Chevrolet Hall, em Olinda, Pernambuco. O público se mostrou mais volumoso quando o capixaba Silva subiu ao palco. Um dos destaques no cenário nacional, o músico, que passa boa parte do show no teclado apenas com a companhia de um baterista, fez um show bem competente e cativou os presentes, colocando-os, inclusive, para dançar em algumas músicas.

Mas a primeira banda a realmente animar o público foi a pernambucana – que atualmente mora em São Paulo – Volver. A banda, mesmo estando distante do público local, consegue manter um bom número de fãs no Recife. A galera cantou junto músicas como “Mangue Beatle”, presente no último disco da banda, Próxima Estação (2012).

Logo em seguida subiu ao palco uma das principais atrações da noite, os americanos do Television. Com quase 40 anos de estrada, os caras ainda dão conta do recado ao vivo. Alguns contratempos, como coxinhas atiradas duas vezes ao palco – o responsável foi retirado pelos seguranças – não tirou o brilho da apresentação.

No setlist constaram músicas dos seus principais discos, Marque Moon (1977) e Adventure (1978). Foram poucas palavras com o público, mas compensaram com boas canções. A parte ruim foi que o show durou muito pouco e merecia ter mais tempo. Mas o final com a música que dá o título ao primeiro disco com o público cantando junto fechou com chave de ouro a apresentação.

Daí pra frente foi só animação. Depois do Television foi a vez do paulista Marcelo Jeneci. Simplesmente impressionante como o cara conseguiu cativar e puxar o público para dentro do show. Jeneci é acompanhado por uma banda extremamente competente, além da companhia de Laura Lavieri nos vocais. Os dois ora se alternam, ora cantam juntos e em todos os momentos as coisas funcionam.

O show contou com várias músicas do seu disco Feito pra Acabar (2010), como a bonita “Pra Sonhar” – o músico troca o teclado pelo acordeom – e a faixa rock and roll “Pense duas vezes antes de esquecer”. Foi difícil ver alguém parado ou calado. Comentários de que teria sido o melhor show da noite não foram poucos.

Depois de tamanha agitação foi a vez de Siba subir ao palco, com sua guitarra no lugar da rabeca, como fez em todo o disco Avante (2012). A apresentação reforçou que o músico tem muita carta na manga e que não precisa se limitar apenas ao regionalismo. Seu público parece ter crescido com essa aposta de voltar a tocar guitarra e era possível ver muita gente o acompanhando em canções como “A Bagaceira” e “Canoa Furada”.

A missão de encerrar a primeira noite ficou a cargo dos brasilienses Móveis Coloniais de Acaju. A banda já tem um público fidelizado no Recife e seus shows por aqui costumam ser sempre bem animados. Tocaram músicas dos seus dois primeiros discos, Idem (2005) e C_mpl_te (2009), além de músicas inéditas que, apesar de boas, eram desconhecidas do público e ajudavam a dar uma esfriada na apresentação.

Mas no geral, o de sempre. Músicos pulando sem parar no palco, pessoas dançando embaixo e muita agitação. Como de costume, em determinado momento alguns integrantes desceram e ficaram tocando e cantando no meio da plateia. É uma interação que sempre funciona e não tem esse que não entre na onda.

A primeira noite do Abril Pro Rock, que recebeu mais de 5 mil pessoas, foi fechada com chave de ouro.

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