Fotos raríssimas e nunca antes vistas de Johnny Ramone, saudoso guitarrista dos Ramones, foram divulgadas na internet para promover sua autobiografia.
O livro de 176 páginas, Commando: The Autobiography of Johnny Ramone, lançado na última segunda-feira (02), é um projeto elaborado por Linda Ramone, viúva de Johnny, e pelo fã e editor, John Cafiero.
Além de fotos nunca antes divulgadas, o material reune listas, notas, diários e lembranças deixadas pelo próprio guitarrista, que faleceu em 2004, de câncer de próstata.
Abaixo, confira algumas fotos que fazem parte da autobiografia, com comentários traduzidos de Linda Romone.
Johnny e Eddie Vedder no L.A. Dodgers Dugout
“Johnny e Eddie ligados no baseball. Eles eram grandes fãs. Eddie torce para o Chicago Cubs e o Johnny amava o New York Yankees, mas eles adoravam colecionar lembranças de baseball. E Johnny ia aos jogos sempre que ele podia. Ele também assistia pela TV. Quando a banda estava na estrada, ele me ligava e me fazia ler os placares para que ele pudesse descobrir como seu time de fantasia estava se saindo.”
Johnny Gravando “The Ramones”, em Nova York, Fevereiro de 1976
“Os primeiros dias foram os melhores. Foi quando os Ramones mudaram o mundo. Os primeiros 3 primeiros discos da banda são os mais importantes. Foi quando eles estabeleceram sua sonoridade, seu visual e sua imagem. Eles nunca vacilaram com isso. Até os Beatles mudaram. Mas os Ramones se mantiveram fiéis a serem uma banda punk. Todos os seus discos são ótimos, mas os primeiros definiram o modelo.”
Johnny de Uniforme, ao Lado de Seu Pai
“Johnny adorava seu pai [Frank Cummings]. Ele era um homem de verdade. Um àspero beberrão irlandês. Mesmo quando Johnny era mais velho, seu pai o fazia se levantar na sala quando estavam assistindo ao jogo de baseball e o hino nacional tocava. Seu pai e John Wayne eram os maiores ídolos de Johnny.”
Ao Vivo no Festival Canadian World Music, no dia 2 de Julho 1979
“Johnny costumava dizer, ‘Eu estarei na maior banda do mundo.’ Mesmo com as rádios não tocando as músicas do Ramones, ele estava contente porque ele nunca se comprometia a tentar obter algo maior. Ele nunca desistiu da música, por isso a banda poderia ficar mais famosa”.
Johnny com Joe Strummer, em 2002
“Johnny amava The Clash. Ele achava que eram a segunda melhor banda punk de todos os tempos, ficando atrás somente dos Ramones. Joe Strummer e Johnny eram bons amigos. Aliás, eu encontrei Lucinda, a viúva de Joe, recentemente. Nós ainda mantemos contato.”
Ao vivo no Palladium, em Nova York, no dia 7 de Janeiro de 1978
“Ele tocava guitarra com a mesma intensidade que fazia qualquer coisa em sua vida. Ele amava Jeff Beck, mas ele não queria passar sua vida trancado em um quarto, treinando, tentando tocar daquela maneira. No lugar disso, ele descobriu um jeito de ter seu próprio estilo. Johnny nunca foi um seguidor. Ele foi um líder.”
Johnny e Linda Visitando o Jungle Room, em Graceland (Estado do Elvis Presley)
“Ele era um grande fã de Elvis. A primeira vez que ele viu o Elvis na TV, quis ser um rock star. A filha do Elvis [Lisa Marie Presley] era amiga do Johnny e nos levou para uma turnê privada. Nós visitamos o estúdio do Elvis, o qual ninguém consegue ir.”
Johnny e Lisa Marie Presley em Seu Casamento, em 2002
“Ele era uma pessoa intensa, mas atraía muitos amigos. Ele era brutalmente honesto com qualquer um, e as pessoas apreciavam isso. Ele sempre conversava com Lisa. Henry Rollins, Rob Zombie, Eddie Vedder, todos eles amavam Johnny. Costumavam perguntar como pessoas tão liberais, como Eddie e Henry, podiam ser bons amigos de um conservador como Johnny, mas como Henry disse: ‘Há uma exceção para toda regra, e Johnny é a exceção.’ Ele era totalmente original.”
Ao Vivo no Whiskey a Go Go, em Los Angeles, no dia 16 de Fevereiro de 1977
“Johnny se orgulhava de como os Ramones eram bons ao vivo. Ele queria que as pessoas saíssem do show da banda se sentindo drenadas, por conta da intensidade que era. Ele queria sugar de você toda sua energia.”
Jazigo de Johnny no Hollywood Forever Cemetery, Los Angeles
“Johnny queria ser lembrado como 3 coisas: Único, lendário e alguém que estava sempre certo. Eu costumava dizer, ‘Tá, tá, que seja’ quando ele dizia que estava sempre certo, mas então ele estava. E ele estava certo de como seria lembrado.”
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