Gabriel-Thomaz

Gabriel-Thomaz

Na terceira edição da coluna “Meus Discos, Meus Amigos” nós conversamos com o Gabriel Thomaz, vocalista, compositor e guitarrista da banda Autoramas e colecionador de vinis desde sempre.

O cantor falou de seus discos favoritos, itens raros da coleção e de como os discos de vinil são importantes para ele, além de falar um pouquinho do Autoramas. Confira!

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LP`s da coleção

TMDQA!: Desde quando você coleciona vinis? Porque você começou a coleção?

Gabriel: Eu comecei na época em que não tinha CD. Lá em casa sempre teve um monte de disco, meus pais sempre gostaram, sempre ouvi bastante e aí eu comecei a comprar os meus depois, até peguei alguns dos meus pais e tals, mas tenho os meus próprios. Na verdade, não teve nenhum motivo especial pra começar. Eu só comecei a comprar disco e não parei mais. Quando começou o CD eu até comprei alguns, mas nunca deixei de comprar discos. Sei lá, pra mim o disco sempre teve mais valor. E é um vício que não acaba nunca (risos).

TMDQA!: Qual o disco de vinil mais importante da sua coleção?

Gabriel: Não tem um só. A coleção é o que é importante pra mim. Essa semana eu estava arrumando meus discos, comprei uma estante nova. Eu olhava, olhava… dá o maior prazer colocar todos os discos assim arrumadinhos, sabe?  Não sei, eu tenho uma história importante com cada um deles, entende? Rola um tipo de conexão… é igual filho, sabe? Não dá pra escolher só um.

TMDQA!: O que você acha da volta dos discos de vinil?

Gabriel: Pra mim o vinil nunca voltou porque nunca foi. A gente mesmo no Autoramas lançou o nosso primeiro compacto em 1999 em vinil, então sempre valorizamos, sempre curtimos. Eu acho genial que tenha a opção de comprar também o formato vinil. Sempre que eu for comprar e tiver que escolher um formato, eu vou escolher o vinil.

TMDQA!: Qual foi o seu primeiro disco (vinil / CD)?

Gabriel: Foi um do Vila Sésamo, sabe aquela série que passava na televisão? É muito legal, eu lembro de quando eu era criança, é um disco que já foi esfregado no chão, mas eu ainda tenho e é muito legal (risos). Essa coisa de disco é engraçada né? Ontem (23/3) morreu o Chico Anysio e eu fiquei lembrando os discos que eu tenho dele contando piadas. Eu acho que eu consigo me lembrar de quatro, eu até devo ter mais, mas são os que eu consigo lembrar agora. Era engraçado porque na época havia vários discos que eram lançados para programas de televisão, disco de comédia, de várias coisas… é muito legal porque naquela época se fazia muito dessas coisas e hoje não tem mais isso.

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Os CDs também têm espaço (e muito!) na coleção do cantor

TMDQA!: Então sua coleção não tem só discos de música?

Gabriel: É, não mesmo. Na minha estante eu tenho um espaço de discos que é só de gente falando. Tem piada, tem discurso, tem um monte de coisa, disco por exemplo com um curso para acabar com a insônia, a narração da chegada do homem à lua, narração de gols do Brasil nas copas de 58, 82, o Brasil bi-campeão, tri-campeão, enfim, tenho umas coisas bem loucas, é bem legal.

TMDQA!: Aproveitando que você falou desses discos diferentes, qual é o disco mais curioso que você tem na sua coleção?

Gabriel: Bom, tem um disco que eu comprei que na verdade foi uma surpresa pra mim, é de uma banda americana chamada Man or Astro man. Quando eu fui tocar lá no Japão eu achei um disco deles que eu não conhecia e comprei. Quando eu cheguei aqui no Brasil pra ouvir, percebi que o disco também não era de música, eram só uns barulhinhos de coisas espaciais, robozinhos… eu acho que eu só ouvi uma vez, mas é legal ter esse disco.

TMDQA!: E qual é o disco mais raro que você tem?

Gabriel: Um dos mais raros  é um disco do Gilberto Gil. É que o meu amigo, saudoso produtor  Tom Capone (1966-2004 / Legião Urbana, Raimundos, Detonautas Rock Clube, Skank, Lenine, Penélope e outros), gravou um disco do Gilberto Gil lá na Jamaica. Lá os estúdios têm as máquinas para prensar os discos. Aí eles tinham decidido que tinha uma música que não ia entrar no CD e pensaram em fazer pouquíssimas cópias dessa música em vinil mesmo, ali no estúdio, só pra tirar onda. Então pouquíssima gente tem esse disco, ele é a minha “ultrararidade”.

TMDQA!: Ano passado o Autoramas lançou o “Música Crocante”, com a ajuda dos fãs. Como foi contar com isso para entregar um novo disco? Vocês pretendem realizar novas iniciativas com crowdfuding?

Gabriel: Foi maravilhoso. Desde o início da banda a gente sempre contou mais com o público e mais uma vez a galera não decepcionou. Foi muito legal, juntou mais dinheiro do que a gente precisava, foi o maior barato! Por enquanto, não estamos pensando em fazer mais nada nesse mesmo esquema, mas já sabemos que podemos contar com esse apoio se surgir uma nova ideia.

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Essa é a estante de compactos do moço…

TMDQA!: E pra finalizar: Você tem mais discos que amigos?

Gabriel: Acho que eu tenho sim, eu tenho muitos discos. Mas com certeza eu conheço mais gente do que tenho discos! (risos)

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