Faith No More Emociona no SWU

Em uma noite cercada por grandes nomes especiais que com certeza estão no coração de muita gente que beira os 30 anos, o final da edição do SWU desse ano foi encerrada pela trinca Stone Temple Pilots/Alice In Chais/Faith No More. Um tributo aos anos 90? Talvez. O mais certo é dizer que nem a chuva que banhou o público (e o Jerry Cantrell) conseguiram fazer a temperatura de Paulínia descer!

O Stone Temple Pilots demonstrou peso e energia descomunais me deixando de queixo caído com sua performance. O Alice in Chains, que era a banda que eu mais esperava, infelizmente deixou um pouco a desejar, com um show maçante e morno e com o atual vocalista, William Duvall, semitonando sem parar durante toda a apresentação.

Pois bem. Para o fechamento do evento, o Faith No More fez um show que me impressionou tanto que eu não consigo parar de assistir no Youtube!

Mike Patton, Billy Gould, Roddy Bottum, Mike Bordin e John Hudson transformaram o palco em m grande e lindo Terreiro, com flores, todos de branco e com música!

Um poeta pernambucano foi quem introduziu a banda. Falou de maneira rápida sobre arte, sobre seu trabalho social com literatura, mandou a pérola “artista é feito do mesmo material que rabo de lagartixa” e instituiu o que seria o refrão que uniria todos em pleno júbilo durante toda a noite: “Porra, Caralho! Porra, Caralho!

Então a banda começou a quebrar tudo! Emocionante! Patton entrou no palco com guias de Umbanda, bengala, cigarro e chapéu, fazendo plena alusão à religião brasileira/africana.

Depois da introdução com “Woodpecker From Mars“, “From Out To Nowhere” mostrou toda a ainda jovialidade da banda, executando perfeitamente uma música do álbum “The Real Thing” de 1989.

Todas as músicas foram tocadas de maneira emocionante e com perfeição impecável. Bordin reafirmou sua pegada forte de bateria, espancando como ninguém seu set, apesar de seus dreadlocks já brancos.

Mas não há como negar. Patton é realmente um showman a parte. Sua apresentação foi brutal. Falando em português o tempo todo, berrando feito um louco para depois cantar linhas melódicas que exigiam muito sem perder nem um centímetro de qualidade vocal (tocar a berrada “Cuckoo for Caca” e depois a melódica e bela “Easy” não é para qualquer um). Sua amizade com o Sepultura com certeza fez dele um cara mais próximo de nosso país.

Patton ainda cantou “Evidence” em uma espécie de português que se confundia com espanhol. Tomou caipirinha e perguntou “por que não?” Caminhou entre as pessoas, tomando puxões, arranhões, abraços e banho de cerveja. E novamente puxou o refrão em “King For a Day” – “Porra, Caralho, Porra, Caralho“. E o público se intercalou com a música na cantoria maravilhosa e suja!

Patton ainda declarou cordel em português, ao lado do poeta pernambucano e finalizou o show ao lado do coral de meninas de Heliópolis para cantar “Just a Man“.

Mas o show não estaria completo sem ao menos um Bis…

E o Faith no More voltou ao palco para tocar a música inédita que já havíamos noticiado aqui. A música se provou ser muito boa, deixando a vontade de que a banda realmente lance material novo urgentemente.

Parabéns a banda. Um show como esse não é algo que se vê facilmente. O carinho e a dedicação da banda com os detalhes provam que obviamente ainda há muito tesão pela música, não apenas subir ao palco, cumprir a data e ir em bora. Não é Alice In Chains?!

Assista o show na íntegra logo abaixo:

OUÇA AGORA MESMO A PLAYLIST TMDQA! ALTERNATIVO

Clássicos, lançamentos, Indie, Punk, Metal e muito mais: ouça agora mesmo a Playlist TMDQA! Alternativo e siga o TMDQA! no Spotify!