Jack Barakat em Campinas - 21/01/2011 - Bruno Clozel

All Time Low e Motion City Soundtrack, turnê brasileira 2011

Cheguei às 19:20 com dois amigos na Excalibur Campinas. Estava chovendo e isso fez com que a aglomeração na frente da casa aumentasse ainda mais. As portas abriram às 19:30. As escadarias de acesso a casa estavam tomada por adolescentes, jovens, pais. Dava pra ver gente que aparentava ter até 12 anos de idade. A maioria estava ali provavelmente pela banda principal: o All Time Low.

Ouvindo algumas pessoas na fila, eles não sabiam nem quem eram as duas bandas iniciais. “Temos que esperar umas duas bandas pra poder ver o All Time Low”, falou uma garota perto de mim. Garotas, elas eram a maioria do público na Excalibur. Muitas delas com pedaços de papel com recados para o All Time Low, alguns deles com o pedido para a banda tocar a música “Therapy” – mais tarde o grupo incluiria no setlist a música inédita nos shows do Brasil.

Aos poucos o público ia entrando na casa. Entrei às 20 horas com alguns ainda aglomerados na porta. O Replace já estava no palco finalizando a primeira música. O público que conseguiu entrar já se concentrava em frente ao palco, não sei se para curtir o show ou guardar o lugar para as próximas bandas, enquanto a banda ia executando entre músicas próprias e duas covers: “Fugidinha”, do Exaltasamba e “Billionaire”, do Travie McCoy com o Bruno Mars. Durante a apresentação o vocalista Beto sempre agradecia o público que se dividia entre o espaço em frente ao palco, camarotes e o restante da casa, seja conversando ou observando o primeiro show de longe. Além dele, Peu, guitarrista e vocalista, também agradecia o público pela interação com a banda e comentavam que curtiam bastante as bandas que viriam a seguir. No início o som estava meio desregulado com o vocal mais baixo que os instrumentos. Durante a apresentação do Replace as coisas melhoraram. A banda deixou o palco após aproximadamente trinta e cinco minutos de show.

Joshua Cain do Motion City Soundtrack em Campinas - 21/01/2011 - Bruno Clozel

Enquanto os técnicos arrumavam o palco para a próxima atração o público arriscava uns gritos de “Motion City Soundtrack!”. Observei um desmaio na pista, mas foi algo pontual. As 21 horas a banda entrou no palco. Como já dito, alguns estavam apenas pela atração principal, porém outros foram para ver o quinteto de Minneapolis tanto que a aglomeração em frente ao palco aumentou. Quando os primeiros acordes e frases de “Attractive Today” foram executados o público vibrou e acompanhou a banda. A música acabou e já iniciaram a segunda, “The Future Freaks Me Out”.

O público já estava bem mais empolgado e ainda assim Jesse Johnson deixava seu sintetizador para levantar a galera e cantar junto com a banda. A banda executou mais duas músicas e o Justin Pierre, vocalista e guitarrista, agradeceu, disse que eles eram o Motion City Soundtrack e já partiu partiu pra próxima, “Time Turned Fragile”. Após essa canção Justin falou que incluíram essa música no show, pois alguém tinha pedido pelo Twitter. Esse alguém foi o fã Marcelo Pacheco que escreveu no microblog para o vocalista, baterista e para o perfil da banda: “Would you guys please consider playing ‘Time Turned Fragile’ tonight??”.

Após essa a banda executou mais cinco canções. Ao todo foram 11 músicas, uma a menos que dos outros dois shows do grupo no país, em aproximadamente 35 minutos de show. Além disso, houve a troca de uma ou duas canções, coisa que eles fizeram entre os três shows, até então. A qualidade sonora da apresentação estava bem melhor que a da banda anterior. Tudo muito bem audível.

Setlist do Motion City Soundtrack:

“Attractive Today”
“The Future Freaks Me Out”
“My Favorite Accident”
“Broken Heart”
“A Lifeless Ordinary (Need A Little Help)”
“Time Turned Fragile”
“Last Night”
“Her Words Destroyed My Planet”
“This Is For Real”
“Disappear”
“Everything Is Alright”

Neste momento a tensão aumentou na casa. A atração principal da noite estava preste a subir no palco. Retiraram os equipamentos do Motion City Soundtrack e começaram a arrumar o som para o All Time Low. Alguns membros já apareciam por trás dos amplificadores e faziam com que as fãs mais histéricas – acho que a maioria – gritassem seus nomes. Os típicos sutiãs já voavam para o palco e os roadies os penduravam nos pedestais dos microfones

All Time Low em Campinas - 21/01/2011 - Bruno Clozel

Após vinte minutos de espera e muitos gritos de “All Time Low!”, o quarteto entrou no palco para a euforia da casa. “Lost In Stereo” foi a primeira e já fez todo mundo cantar junto com o Alex Gaskarth. Em seguida mandaram “Stella” e “Break Your Little Heart”. Entre as músicas Alex e o guitarrista Jack Barakat sempre falavam algo e faziam com que o público entrasse em euforia. Muitos, muitos gritos. Nas três primeiras músicas Jack já tinha jogado todas as palhetas que tinha em seu pedestal e estava sempre em movimento pelo palco, se sentando nos amplificadores, se direcionando para os camarotes e interagindo bastante com o público.

O palco estava sem o painel do show do Rio de Janeiro, mas sempre com muitos sutiãs sendo jogado pelas fãs. Até quem não tinha peitos queria jogar a peça íntima para a banda, era o que dizia o cartaz de um garoto perto da grade. Após mais algumas músicas percebi que dois membros estavam com a mesma camisa com os dizeres: “God Save The Teenagers of America” – aparentemente um item do merch do All Time Low. Após as músicas “The Party Song” e “Damned If I Do Ya (Damned If I Don’t)” a banda saiu do palco para o costumeiro retorno após os gritos do público pelo retorno do grupo.

Quem voltou foi apenas o Alex agora sem a guitarra, mas sim com um violão para executar a “Remembering Sunday” em um clima bem intimista. Em seguida a banda entra e sem parar mandam, até então inédita nos shows do Brasil, “Therapy”, para delírio do público. Após esse momento o grupo começa a tocar “Weightless”, após isso agradecem muito ao público e pedem que gritem para o Motion City Soundtrack e para o Replace e avisam que vão executar a última música da noite: “Dear Maria, Count Me In”. Chegando no final da música os membros jogam seus instrumentos para a banda de apoio que continuam tocando a música enquanto a banda interage com o público e entoam as últimas frases da canção finalizando a noite. O All Time Low tocou aproximadamente 1 hora e 5 minutos.

Setlist All Time Low:

“Lost In Stereo”
“Stella”
“Break Your Little Heart”
“Coffee Shop Soundtrack”
“Keep The Change”
“Shameless”
“Jasey Rae”
“Poppin’ Champagne”
“Six Feet Under The Stars”
“The Party Song”
“Damned If I Do Ya (Damned If I Don’t)”

“Remembering Sunday” / “Therapy”
“Weightless”
“Dear Maria, Count Me In”

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