Chet Baker

Apesar do brilho dos primeiros anos, Chet Baker é muito lembrado pelo abuso de drogas e pela morte até hoje misteriosa, em 1988. Considerado o “James Dean” do jazz, e escolhido o trompetista do ano pela revista Downbeat em 1954, era dono de uma voz e um estilo único de cantar, que inspirou várias e várias gerações. Por toda a extensa discografia, coletâneas não faltaram, especialmente as póstumas. Lançada em CD em 2005, “Sings & Strings” basicamente reuniu faixas de “Chet Baker Sings”, de 53, “Chet Baker Sings and Plays”, de 54, e “Chet Baker & Strings”, também de 53. E agora, no dia 30 deste mês, a Cargo Records vai relançá-la em LP duplo, com tracklist ampliado.


O novo lançamento do príncipe do jazz tem 31 faixas, 11 a mais que a edição original em CD. Entre vocais clássicos como na faixa de abertura,“The Thrill Is Gone”, na lindíssima “I Get Along Without You Very Well”, e na mais popular da trajetória do trompetista, “My Funny Valentine”, você confere  outras belas canções interpretadas por Chet, sublime sobre os arranjos de um noneto de cordas em “You Don’t Know What Love Is” e “What Diff’rence a Day Made”, entre outras.

A edição em LP de “Sings & Strings” ainda não está à venda, mas a versão em CD pode ser comprada aqui. Abaixo, uma das faixas mais bonitas da coletânea, “Time After Time”:


Miles Davis


No ano passado, quatro clássicos absolutos da discografia do trompestista e composiotr Miles Davis foram relançados em LPs de alta qualidade (180 gramas). “Sketches Of Spain”, de 1960, “Nefertiti”, de 67, “In a Silent Way”, de 69, e “Bitches Brew”, de 70, são peças fundamentais para compreender a extensão da música que Miles criou durante sua carreira.

Em “Sketches Of Spain”, Miles convocou Gil Evans para começar a destruir o alicerce do cool jazz, cuja obra-prima, “Kind Of Blue”, havia lançado um ano antes. Baseado em canções populares espanholas, o álbum também é considerado uma das obras-primas da música popular. Já em “Nefertiti”, os riscos foram ainda maiores; Miles esticou os limites do jazz modal que havia aprimorado, construindo um álbum espetacular do início ao fim, com destaque para a faixa título. Com “In a Silent Way”, Miles deu o primeiro grande passo para a criação do fusion, mistura de jazz com rock. Mas a grande revolução veio com o lançamento de “Bitches Brew” em 1970 (este que vos escreve, orgulhosamente possui a edição original brasileira – valeu, Luiz – e o relançamento do ano passado). Com ajuda de músicos excepcionais, como Chick Corea, Dave Holland, John McLaughlin, Jack DeJohnette e Wayne Shorter – só para citar alguns, Miles aniquilou as barreiras entre o jazz e o rock, e a música nunca mais seria a mesma.

Em um depoimento pessoal: além da música ser de excelente qualidade, os relançamentos têm uma qualidade sonora extraordinária. Para comprar: Sketches Of Spain, Nefertiti, In a Silent Way, e Bitches Brew.


The Clash


E mais um dos discos seminais da história da música ganhou tratamento especial, dessa vez ao completar o 30º aniversário. “London Calling”, do The Clash foi relançado, também no ano passado, em vinil de 180 gramas. Ao longo das dezenove faixas do álbum duplo, uma mistura de ska, rockabilly, reggae, pop e soul, o Clash reafirmou sua própria identidade e estabeleceu novos caminhos para o rock n’ roll.

Clássicos como “Jimmy Jazz”, “Revolution Rock”, “The Guns Of Brixton” e, claro, “London Calling”, não podem faltar em qualquer discografia, então garanta o seu aqui.


Pavement

Essa é para desesperar qualquer fã: o Pavement, que este ano faz uma turnê de reunião (a banda acabou em 1999), teve todos os álbuns relançados em LP pela Matador Records. Além dos cinco álbuns de estúdio e um EP, a Matador também colocou à venda “Quarantine The Past: The Best of Pavement”, primeira coletânea da banda. Mas sabe qual é o melhor? Você pode ter tudo isso de uma vez por apenas 50 dólares!


Não, você não leu errado. C-I-N-Q-U-E-N-T-A dólares! O pacote completo vem com “Slanted & Enchanted” e o EP “Watery, Domestic”, ambos de 92, o clássico “Crooked Rain, Crooked Rain”, de 94, e ainda “Wowee Zowee”, de 95, “Brighten The Corners”, de 97, e o último álbum da banda (pelo menos até agora), “Terror Twilight”, de 99. O pacote todo está à venda no site oficial da Matador, esse aqui.

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